quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Equalizando as idéias

Mais uma pérola do meu irmão Thales Brito. To com ele e não abro!

Eu não acredito em promoções premiadas!

Me lembro dos anos 80’ e 90’, das propagandas, das promoções. Minha infância foi marcada por slogans como “Seara, se o gosto é bom, a coisa é boa”, “All star fácil de calçar”, “Nescau energia que dá gosto”, Sucrillos Kellog’s, desperta o tigre em você”, “agora não posso, to comendo meu Chandele”, “pai, não esquece minha Caloi”, Tostines vende mais por que é fresquinho, ou é fresquinho porque vende mais?”, “São Luís Nestlé, qualidade em biscoitos” e assim por diante.
Entretando, haviam as ações promocionais, e eu estava lá recortando os encartes dos rótulos, das latas, das embalagens de margarina, dos tubos de creme dental e etc. E nunca ganhava necas. E aqueles álbuns de figurinhas que se “por acaso” fosse completado, ganhava-se jogos, panelas e brinquedos em geral, quem se lembra? Já minha mãe, juntava algumas embalagens de maisena (por exemplo)ou coisa assim e trocava por livros de receita, os quais ela mal chegou a usar até hoje. Eu nunca vi ninguém ganhando nada disso. Será que existe um elo entre as promoções e as mortes de anões ou pombas crianças (coisas mitológicas)? Você já teve um vizinho que ganhou um caminhão de prêmios do Faustão? Certa vez, numa promoção de um jornal, decidi concorrer a uma nova bateria (instrumento musical...) e gastei o que eu não tinha para personalizar, pois o mais criativo venceria. Passou o tempo, comprei um novo exemplar do mesmo jornal e estava lá o resultado do concurso. Leonelson Barbosa do ABC havia ganhado o prêmio. Como pode alguém com este nome vencer, e ainda por cima sendo do ABC, que não era o target do jornal? Fiquei decepcionado.
Mas o tempo novamente passou, e numa ação promocional de porta de balada, de uma agência de viajens, concorri a uma. Resultado, ganhei. Viva! Totalmente grátis, só teria que pagar a hospedagem, a alimentação, e enfim , mandei se foderem. E o BBB? Na primeira edição, já foi uma grande polêmica, pois as pessoas enviavam seus vídeos malucos, embora de boa , muito boa fé, mas que eram corrompidos pelas ligações dos selecionados com funcionários queridinhos da rede Globo de televisão. E na segunda, foi assim também. Depois, creio, para desmistificar, começaram a entrar os pobrinhos na casa, e os telespectadores eleitores de BBB’s sensibilizados, de coração mole, foram enchertando a bufunfa nos humildes bolsos rasgados dos indivíduos, aliás, individuas. Logo, na sétima edição, o tal do Alemão, confessou em rede nacional durante uma transmissão ao vivo, que nunca havia assistido sequer uma temporada do reality show, e que pior, foi encontrado numa balada e agenciado por um global. Eis que veio a oitava edição. Eu enviei um vídeo por desencargo de consciência, e é claro que não entrei. Logo após começarem a anunciar os novos participantes e mesmo depois de ter aberto as inscrições dizendo que poderiam ocorrer sondagens de olheiros pelas baladas de todo o Brasil, o crime aconteceria. Todos playboys, basicamente, com exceção de dois ou três, mas que juntando os cacos, também mantiveram ligações com funcionários da teatral central Globo de produções e ou já estavam, ou participaram de programas em outras emissoras. Assim fica fácil. Uma grande mancada. Uma rasteira, isso é golpe baixo. As pessoas tiveram que ser firmes ao responderem o formulário de inscrição que dizia claramente que se tivessem ligações com membros da equipe da Globo, seriam sumariamente eliminados. A Globo impôs uma coisa e direcionou outra.
Enfim, não estou afim de ficar chutando o balde agora para todos estes golpes (eu disse bem “golpes”) publicitários, e porque não dizer legendários? Para a emissora SBT também não ficar de fora, em 2006 promoveram um concurso sem ganhador. A proposta foi a seguinte: Propuseram que quem criasse o melhor nome para a atual seleção (do quarteto mágico) da copa de 2006 (tal como a antiga seleção canarinho), ganharia nada menos do que uma Mercedez. Quem ganhou? A resposta é: Quando foi? Ninguém viu nada. Nem o Lula viu. E eles lucravam e nós (eu também criei aliás um belo nome para a seleção...) não vimos absolutamente nada.
Eu não acredito mais nessas promoções, bem como aquelas novitárias de menor lance único. Uma lenda! Quem chutaria por exemplo três reais e noventa e quatro centavos e ainda levaria o prêmio? Nada haver! Mas e você, conhece alguém, que conhece alguém, que conhece alguém e que finalmente conhece alguém que já ganhou algo assim? Eu não acredito nessas coisas e nem conheço quem ganhou.

(Thales Brito - 2007)


Um grande abraço a todos!
(ouvindo: Miles Davis, faixa "Paraphernalia" do disco "Miles in the Sky" de 1968)

4 comentários:

Valhalla disse...

Sabem como é, ninguém viu, não aconteceu.

:~

Desculpa o sumiço brother, tô voltando!

Abraço!

Anônimo disse...

Esse post foi a melhor matéria que li sobre o assunto.
Eu endosso.
:-)
Gustavo Lunardelli Trevisan
gutrevisan@gmail.com

Luma Rosa disse...

Eu nunca juntei nada, porque pensava nunca ganhar. Fui sorteada uma única vez e não acreditei até ter o prêmio na minha mão. Sempre fui descrente, até em pesquisa de ibope. Beijus

Anônimo disse...

Não vai voltar mais?? :=(((