quarta-feira, 18 de março de 2009

Equalizando as idéias

O "poder" de uns e outros, ou, o "poder" que uns acham que tem...
Assim, à algum tempo atrás (nem tanto tempo assim) eu trabalhei em uma empresa de grande porte, com vários anos de mercado e imagem relativamente consolidada. Sabe como é, prá quem ingressa cheio de vontade de trabalhar, dar de cara com uma imagem "positiva" como essa é o que liga!
E o lugar tinha "a estrutura": tinha a tal da certificação do ISO 9001 (que lá na frente eu questionaria se não foi "comprada"), vários departamentos em pleno funcionamento, vários chefes de sessão, vários outros pontos que iludem de imediato quem não quer deixar escapar a oportunidade de ter um registro em carteira. O povo era um detalhe a parte, pois desde o início sentia um clima de "medo de se expressar" no local, mas não dava a mínima, afinal de contas, sou um cara que falo o que penso o tempo todo e pago o preço por isso, não seria aquele lugar tão cheio de fachada e de regras que mudaria minha mentalidade.
Com o passar dos tempos (fiquei 1 ano nesta empresa) muitas "mascaras" foram caindo. Esquemas de falcatruas fiscais, falcatruas ambientais, de CIPA (órgão que cuida da segurança de trabalho em industrias), histórias de roubo, patifarias contra funcionários, clima de terror e medo e o mais inusitado (ou legal, no meu ponto de vista maluco): a patroa tinha sua própria "mãe de santo" (isso mesmo! mãe de santo!) e a tal era sua própria funcionária. Mais precisamente, gerente do financeiro que é a parte mais bagunçada da empresa, aliás, afundada em dívidas, o que foi outra mascara que caiu por terra. As dívidas, meus amigos, passavam de muitos milhões. Foi aí que meu sexto sentido de guerreiro da periferia começou a me avisar "sai fora senão o lugar fecha e você não recebe".
No começo deste ano rolou uma enorme lista de cortes nesta empresa. Cortes fundamentais, de ótimos funcionários, os mais produtivos, jovens e visionários. Claro, meu nome rolou no meio disso tudo e eu acabei sendo mandado embora também. A outrora "grande empresa" deixou todas as suas mascaras caírem de vez. Uns dizem que a macumba da tal gerente do financeiro é pura balela prá arrancar dinheiro da dona, que é uma imbecil dona de casa e que achou que seria mole administrar uma empresa daquele tamanho. A grande verdade é que quando o marido dela (o antigo dono e o cara que fazia a empresa andar sempre no verde) faleceu, ela devia ter vendido o lugar. Mas o olho grande e a confiança no além (acho que isso explica uma parte do fator "mãe de santo") fizeram a mulher achar que ficaria mais rica. Há há há prá ela!
Em alguns momentos me faltaram com o respeito nesta empresa. Eu não deixei quieto nenhum segundo sequer estes momentos, afinal de contas, meu trabalho era perfeito devido aos meus anos de experiência com a função e prá mim "só o talento salva", só que naquela empresa os talentosos sofrem nas mãos dos invejosos. Sinto pena das pessoas boas que ainda trabalham lá e que aguentam a mentalidade doentia de uma diretoria que não sabe sequer limpar a bunda sozinha quando faz cagada. E mais: muitos dos funcionários demitidos saíram com raiva do lugar. Existem rumores que uma caguetagem básica para os órgãos na qual eles aplicam as falcatruas (Receita Federal, por exemplo) pode sepultar de vez o lugar. Eu levo em conta que me pagaram tudo direitinho, por isso não serei eu quem vai caguetar. Eu só não posso responder pelos outros...enfim....
Não vou citar o nome da empresa, nem sequer sua localização. Não é prá preservar a empresa não, é mais prá preservar o nome dos bons funcionários que ainda trabalham lá. Eu penso assim: teria vergonha de continuar a trabalhar num lugar tão podre como esse, tão cheio de sujeira em baixo do tapete e que não apresenta absolutamente nada de futuro prá ninguem: nem prá funcionários, nem prá patroa dona de casa e nem prá sua filha patricinha arrogante, que tem um cargo de "faz nada" lá e que dá rolê de carro importado herdado do pai falecido (esse sim que Deus o tenha). Só que eu penso assim: em breve vai estar andando de condução, pois a fome os levará a vender o carro prá comprar comida, ou seja, vão pagar pelos pactos com o demo que fizeram, secretariados pela tal "mãe de santo"...hehehehehehe!!! Peninha de gente besta que eu tenho, viu??
Prá finalizar, disse que o talento salva. Sim ele salva! Mas você precisa ter talento prá se salvar. Os que saíram comigo são talentosos e eu sei disso. Mas e os que ficaram? Não me refiro aos bons funcionários que lá ficaram não, e sim aos "couros de rato" que por lá habitam, tem moral com a patroa dona de casa e macumbeira e que são muitos. Quero mais é que essa raça que não presta prá nada tenham forças prá aguentar castigos divinos...
E vamo que vamo!! Um grande abraço à todos e lembrem-se: "Aqui nesta encruzilhada urbana, onde todos querem dinheiro e fama, ele dá...mas tira algo de você..." (Maicknuclear - 2001)

(ouvindo: Beck, música "Devils Haircut" do álbum "Odelay" de 1996)

3 comentários:

Anônimo disse...

quer dizer que um telefonema anônimo para a Receita Federal fecha o lugar?
Me dá o número então que eu ligo...huahuahauhauhauah! Quem vai achar que alguem que está em Amsterdã foi quem caguetou? Se quiser deixa isso comigo meu chegado!
Namasté!

Anônimo disse...

EU CAGUETO, ME DÁ O NÚMERO

Anônimo disse...

Mano quem viveu naquele inferno sabe o que é, os bons sempre são os mais injustiçados, sempre tentam salvar a empresa e no fim levam a bronca.....

Bem empresas assim, eu quero que se explodam, junto com aqueles que só fazem merda em cima de merda....